Com a missão de dar continuidade ao trabalho iniciado por Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral partiu de Portugal em direção às Índias em 1500.
Planejando seguir pelo Ocidente, a frota portuguesa, após cinco dias de viagem, chegou às Ilhas Canárias. Lá, dirigiu-se para o arquipélago de Cabo Verde, onde uma nau desapareceu no mar. O comandante tentou encontrá-la, não conseguiu e decidiu seguir viagem. Por causa dos ventos e das correntes marítimas, a embarcação seguiu uma rota que se afastava da costa africana, cruzando a linha do Equador, no dia 9 de abril.
Percorrendo uma rota na direção sudoeste, semelhante ao caminho seguido por Vasco da Gama, as embarcações atingiram, no dia 22 de abril, a região onde atualmente é Porto Seguro, na Bahia.
À primeira vista dos tripulantes que chegavam por meio das caravelas, a pequena porção de terra avistada foi logo nomeada de Monte Pascoal. O nome foi por causa da data do desembarque – justamente na Páscoa do ano de 1500. Após seis dias da descoberta, a primeira missa foi celebrada.
O escrivão da frota, Pero Vaz de Caminha, deu notícias ao rei Dom Manoel I, por meio de uma longa carta em que registrou suas opiniões sobre a nova terra. É considerada um marco da história brasileira e possui a data de 01 de maio de 1500. Nesse documento, ele narra sobre o “novo mundo”, a descoberta do Monte Pascoal, a realização da primeira missa e o contato com os índios nativos da nova terra.
Entre os anos de 1501 e 1502, a primeira expedição para explorar e reconhecer o litoral brasileiro foi enviada por Portugal. Responsável pelo batismo de várias localidades e acidentes geográficos como o Cabo de São Tomé, Cabo Frio e São Vicente, o nome de seu comandante era desconhecido; entretanto, existe a possibilidade de que Florentino Américo Vespúcio tenha participado.
Posteriormente, Américo enviou uma carta a Lourenço de Médice, governador de Florença, dizendo não ter encontrado nada de aproveitável aqui. Falou apenas da existência de pau-brasil, uma madeira tintorial conhecida pelos europeus desde a Idade Média.
As primeiras atividades econômicas concentraram-se na extração de pau-brasil com o regime de estanco (monopólio régio). Como era costume, o rei submeteu o contrato de exploração à concorrência pública e esta foi vencida por um consórcio de mercadores de Lisboa, chefiado pelo cristão-novo Fernão de Noronha, em 1502.
O primeiro carregamento do produto foi feito no ano seguinte, por Fernão de Noronha e uma expedição montada com a finalidade de extração. Na mesma época, foram construídas no litoral as feitorias que eram locais fortificados que funcionavam como um depósito de madeira. O pau-brasil era explorado por meio do escambo (troca sem uso de dinheiro).
A notícia da existência do pau-brasil se espalhou na Europa. Os franceses, que dependiam da importação oriental, passaram a frequentar assiduamente o litoral brasileiro à partir de 1504. Aliando-se aos Tupinambás, os franceses tornaram-se sérios concorrentes dos portugueses. Esses, por sua vez, estavam aliados aos Tupiniquim, arqui-inimigos dos Tupinambás.
Com o agravamento da situação, o Estado português enviou uma expedição guarda-costeira, comandada por Cristóvão Jacques, que esteve no Brasil entre 1516 e 1519 e, novamente, entre 1526 e 1528. Depois da segunda e última expedição, o comandante reconheceu a necessidade de medidas mais efetivas para garantir a posse da terra e sugeriu ao rei o povoamento do país.
A mudança da corte portuguesa para o Brasil deu-se em 1808 e durou até 1820. A família real de Portugal fugiu com uma comitiva formada por nobres, empregados e servos. A decisão foi tomada devido as pressões que o país sofria de Napoleão Bonaparte. Estima-se que 15 mil pessoas desembarcaram em catorze navios.
Ao chegar no país, Dom João autorizou a abertura dos portos para países amigos e permitiu a criação de fábricas que antes eram proibidas na colônia. Além disso, foram construídas estradas, ocorreram várias melhorias no país e a produção agrícola cresceu consideravelmente.A residência fixa da Coroa Portuguesa ficou sendo a cidade do Rio de Janeiro e foram criados alguns ministérios, o Banco do Brasil, a Junta de Comércio, a Academia da Marinha, a Casa da Moeda, o Museu Nacional, a Biblioteca Real, etc. A cidade do Rio de Janeiro sofreu enormes mudanças: pontes, iluminação pública, calçadas e estradas.